Cavalo selvagem português

O garrano é um cavalo de raça Ibérica  que vive em estado selvagem no norte de Portugal. É uma raça de equídeos muito antiga.  Os especialistas em linguística referem que o seu nome garrano é celta e que vem da palavra proto – celta gearran.   É um herbívoro de pequeno porte que tem uma função muito importante na prevenção de incêndios porque comem ervas daninhas e silvas que servem de o combustível para os fogos.  Estas cavalos selvagens vivem em trás os montes e no Minho já esteve em risco de extinção mas é neste momento um animal protegido, habita as serras do Gerês, serra do Arga, serra do soajo e serra da cabreira.  

Este cavalo era usado para carregar madeira e para trabalho agrícola, conseguindo percorrer grandes distâncias sem se fatigar,  também era usado para montar sendo um animal muito dócil e de fácil trato. O garrano também demonstra uma facilidade bastante grande para aprender. 

A sua cor é castanho mais clara nos membros e no ventre a tender para o escuro, sendo um animal de pequeno porte a altura ao garrote é de média 1,30  nos machos e 1, 28 nas fêmeas o peso destes cavalos ronda os  290 quilos, é por essa razão considerado um pónei do tronco equus caballus celticus. Como se trata de um animal selvagem conseguiu manter todas as características genéticas e fisiológicas por viver em isolamento no meio da serra e dos montes. 

O lobo Ibérico  é um dos predadores dos garranos, estes cavalos para se defenderem destes ataques, formam um circulo em redor das suas crias os potros e colocam a cabeça dentro do circulo,  a garoupa fica de fora e tentam afastar os lobos com coices. Na zona de Viana do Castelo existem gravuras rupestres em que está comprovado serem pinturas de equídeos que comprovam que a antiguidade destes animais em Portugal.

No tempo dos descobrimentos este animal atravessou o oceano atlântico velejando nas naus ajudando na colonização da América. O património  genético do garrano a par de outros cavalos foi ficando assim espalhado por este continente. Foram os portugueses e espanhóis que introduziram os cavalos nestas paragens.  

Reprodução: 

  •     Haréns – Constituídos por um macho, fêmeas adultas e crias. Formam grupos estáveis.
  •     Grupos múltiplos – Possuem mais de um macho, uma ou mais fêmeas e poldros. Formam grupos estáveis.
  •     Grupos de solteiros –  São constituídos por machos forçados a sair do seu núcleo pelos garanhões. Não existe estabilidade nestes grupos.  

A época reprodutiva desta espécie ocorre de preferência entre Março e Julho e tem a duração entre três a sete meses mas pode haver partos tardios de Agosto a Setembro. 

  

 

 

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